Achei em uns antigos backups aqui no escritório um cd com minhas colunas para a revista WWW. Escrevi estas colunas nos anos de 2005 e 2006. Como elas ainda não estavam disponíveis para os leitores do blog, resolvi colocá-las aqui aos poucos. O que replicarei no blog é o texto bruto, enviado para os editores da revista. Os textos podem estar antigos e, ainda, terem erros. Conto com vossa compreensão. Boa leitura!
Coluna enviada para a revista WWW no dia 1 de maio de 2006
A importância da compatibilidade
A guerra pela audiência na web está mais quente do que nunca. Nós, gestores de projetos, temos um importante papel no front.
A discussão sobre a construção de projetos interativos compatíveis se dá há muito tempo. Entretanto, vemos constantemente sites que não funcionam no browser XYZ ou que precisam da versão mais recente do plugin ABC e por aí vai.
Pode parecer purismo, mas construir sistemas interativos para a web levando em conta a compatibilidade é crucial para o sucesso. O raciocínio que leva a afirmar isso é muito simples. Lembremos do mantra: O que vai levar a sua audiência ao seu site é – nada mais, nada menos que – o conteúdo.
O amadurecimento dos usuários e a evolução da rede tem nos levado a um cenário cada vez mais comum: Sites que não são compatíveis afastam a audiência.
Assim sendo, é preciso que pensemos nossos serviços para que sejam acessíveis e utilizáveis por todos. Afinal, colocamos nossos sistemas na web com um propósito, não é? Ou seja: queremos que as pessoas acessem e usem nossos sites. Se nos esquecermos de preparar estes sites para uma determinada parcela dos usuários, por menor que seja o número, o resultado pode não ser nada bom. Isso porque, como o conteúdo está na rede, qualquer um pode acessá-lo, certo? Assim sendo, quem garante que aquele cliente que fará uma compra estará usando o Browser XYZ do jeitinho que planejamos?
Como é impossível controlar a maneira que os usuários acessam nossos sites, devemos sempre nos preocupar em produzir sistemas interativos compatíveis com todas as plataformas, browsers e usuários. Se não o fizermos, certamente perderemos audiência pois, como já disse, o que o usuário quer é acessar e usar o conteúdo que oferecemos.
Uma prova é a explosão do RSS. A popularização da oferta de conteúdo on demand para nossos usuários mostra que o mais importante para eles não é ver o nosso menu super bonitinho feito em Flash, mas sim ter acesso ao conteúdo que ele (ou ela) quer ler.
Respeito é bom, o usuário gosta e a audiência recompensa. Quando produzimos sites compatíveis, todos podem acessar e a qualidade do nosso conteúdo será o verdadeiro diferencial.
Manter a audiência constante é um desafio de qualquer gestor de conteúdo. Produzir um site que não é compatível torna esta tarefa ainda mais difícil. Eliminar estas barreiras deve ser nossa prioridade número um no que diz respeito à construção de sistemas interativos para a oferta de conteúdo ou para a prestação de serviços pela rede.
Quando produzimos sites que não são compatíveis, colocamos uma imensa e desnecessária barreira em nosso caminho para o sucesso. Como se já não bastassem os desafios no desenvolvimento de um sistema que funcione, seja fácil de usar e que ofereça conteúdo e/ou serviços de qualidade. Por isso conclamo todas as equipes de webdesign a não produzirem fora dos padrões.
Fazer isso é mais fácil do que imaginamos. Há várias maneiras de buscar auxílio na produção de sistemas compatíveis. Para mais informações, recomendo a consulta aos livros do Jeffrey Zeldman (Projetando Web Sites Compatíveis – Ed. Campus) e do Felipe Memória (Design para a Internet: Projetando a Experiência Perfeita – Ed. Campus), além disso, há muito conteúdo bacana nos sites dos autores (zeldman. com e fmemoria. com. br) e no W3C (w3c. org).
Portanto, arregace as mangas e comece hoje mesmo a produzir sistemas interativos compatíveis. Essa é mais uma maneira de fazer bom uso da rede.
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