Não deixe decisões editoriais nas mãos de plataformas

Durante esta primeira semana de Setembro estive em Joinville para participar do 41º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Intercom. Lá, um dos assuntos discutidos no GT de Comunicação Digital foi o de que veículos de comunicação acabam por buscar soluções prontas (plataformas sociais como o Facebook) para distribuir seu conteúdo.

O professor Andre Pase lembrou também, em uma discussão bem interessante, que até adotar plataformas outras (como Disqus ou o próprio Facebook) para comentários em seus sites representa esta ação de buscar uma solução pronta para tratar seu conteúdo. Esta solução pode parecer sedutora. Afinal são 2 bilhões de pessoas conectadas ao Facebook. Só que apenas uma parte bem pequena delas curte sua fan page e uma fração menor ainda efetivamente vê o que você posta.

Para piorar, as coisas que você posta em sua fan page podem ser apagadas pelo próprio Facebook quando ele (por meio de seus algoritmos) julga que aquele conteúdo não é apropriado.

Este exemplo relatado pelo Nieman Lab mostra exatamente isso.

Está passando da hora de percebermos (todos nós) que a web é, em sua essência, social. Não precisamos destas plataformas proprietárias e voltadas exclusivamente para uma operação lucrativa para atuarmos em rede, num contexto social.

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