Tirar o controle das mãos do usuário pode ser a pior coisa que você pode vir a fazer com seu produto web.
Na web, o consumo da informação é dado de forma autônoma, por excelência. Isso significa que o usuário consome a informação de maneira individual, com o controle do processo. Ele decide o que vai ver, ler, assistir ou ouvir.
No passado, muitos designers desrespeitavam esta lógica ao conceberem janelas em tela cheia removendo os controles do navegador. Numa promessa de experiência imersiva, acabavam por tirar o controle das mãos do usuário. Só que a web não é um quiosque de shopping e, ainda bem, não vemos mais este tipo de experiência por aí.
Só que outro tipo de iniciativa que tira o controle das mãos dos usuários começou a aparecer nos últimos anos e seu representante mor é o autoplay de vídeos em feeds do facebook ou como sequência de um vídeo do Youtube. O serviço “entende”que, se você assistiu um determinado vídeo até o final, certamente vai querer assistir alguns outros na sequência. Isso é terrível. Tira o controle do usuário no processo, empurra conteúdo que não necessariamente é do interesse dele e ainda mascara números de audiência.
Em alguns sites com conteúdo predominantemente textual isso também ocorre com certa frequência, o que é lamentável. Acabo de me deparar com o exemplo que gravei em vídeo e disponibilizo abaixo.
O TechCrunch te catapulta para a página inicial do site depois de ler uma notícia. Simplesmente ridículo. Ao terminar de ler uma matéria o site automaticamente sai da página em que você estava e vai para a página inicial. Perceba no vídeo que nem há a oportunidade de voltar e explorar mais o conteúdo; talvez ver comentários e postar alguma consideração. Péssimo exemplo.
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