Muriel Deacon

Muriel Deacon é uma personagem da série Years and Years. Se você não assistiu a série, faça a si mesmo este favor e assista. São apenas seis episódios. Te garanto que vai valer a pena.

A série mostra um futuro possível muito próximo. Imediato. É assustadora a semelhança com o contexto atual que vivemos. Como muitas produções da BBC (Black Mirror sendo o exemplo mais famoso) é uma crítica ao nosso presente.

O trecho acima é retirado do penúltimo episódio. Eu acho que ele é bem bacana para nos ajudar e nos motivar sobre decisões importantes que precisamos tomar para que evitemos chegar a um futuro tão estranho quanto o que a série mostra.

Como o meu contexto atual é o de olhar as plataformas como objeto de estudo, minha interpretação deste monólogo se encaixou fortemente com a questão de como precisamos sair delas o quanto antes para podermos evitar um futuro horrível. As indicações de que as plataformas agem ativamente para nos prejudicar como cidadãos estão aí. Só não percebe quem não quer. A edição de hoje da “The Interface” me motivou juntar o monólogo da Muriel com esta reflexão e postar estas linhas desordenadas aqui.

Precisamos sair das plataformas o quanto antes. Facebook e Twitter sendo os primeiros dos quais precisamos sair. Isso é urgente e precisa ser feito pela maior quantidade de pessoas possível. Se seguirmos o uso que fazemos dessas plataformas, a tendência é uma degradação exponencial.

Andrew Keen falou disso.

Bob Hoffman falou disso.

Zeynep Tufekci falou disso.

Jaron Lanier falou disso.

Eli Pariser falou disso.

Geert Lovink falou disso.

Shoshana Zuboff falou disso.

Só não vê, quem não quer. Instagram, Facebook, WhatsApp e Twitter devem deixar de fazer parte de nosso cotidiano. O quanto antes. E eles são apenas os primeiros que devem sair. Outras plataformas precisam ser eliminadas ou ter seu uso readequado. LinkedIn e YouTube se encaixam nesta segunda categoria.

Enfim. Sei que parece mais um rant. E é. Mas é um rant que precisa ser observado e seguido. Isso está fazendo mal para as pessoas. Para nós.

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